A sensualidade das pétalas de uma rosa a sensibilidade das asas mágica de uma borboleta amarela com pigmentos negros é a demonstração que a natureza também é poesia. segue um poema que fiz para as maria raimundas deste mundo.
Meu nome é Maria como tantas Marias na vida Juana Raimunda Margarida sou mulher tenho ciclos como à lua trabalho sol a sol tecendo os raios em luz e amor regando a flor em cada estação pilando o grão dialético moendo o doce da terra amassando o pão do amanhecer espalho o mel na aurora o azeite no leito do amado canto fado para o feto dormir embalo meu bebe na rede dos sonhos cuido dos pássaros da madrugada fico acordada até minha filha chegar sou a terra que procria cuida da cria a fêmea que vigia faço o mingau com centeios amamento a via láctea com meus seios meu amado com os olhos de carinho o pássaro que dorme em seu ninho precisa de mim sou mulher Maria Rosa Jasmim protejo o uni verso com meu útero a humanidade com meu amor doces de amoras e versos bordo toalhas para estender a vida faço comidas em tachos de ferro mesmo ferida luto até o fim mesmo incompreendida tenho ternura para os que tentam roubar meu corpo machucar minha alma porque meu destino de ser mulher é frágil como um poema de mal me quer em tempestades com trovoadas mais forte como um bambu ao vento que mesmo perfurados pela injustiça transforma a ventania em poesias como uma flauta dançando no tempo
ecoo a canção da liberdade o grito de luta arguta labuta sempre com o coração enternecido.
Aquela menina era meio paranóica vivia passeando num hipocampo colhendo papoulas alucinadas nos campos olhando o mundo com olhos de uma águia e espantando espantalhos com corvos poéticos
vivia voando pelas galáxias no tempo que ainda eram estrelas distantes conversava com lagartos e textos filosóficos escrevia poemas nos oceanos distantes depois apagava-os com areias incontáveis
dialogava com a natureza como se fosse um deus de inúmeros astros recitava salmos para os homens tristes depois ia embora para outros mares no seu cavalo marinho alado
a mãe não compreendia esta menina que andava nua nas noites poéticas de luar que tinha olhar de uma deusa helênica comia frutas selvagens e flores astrais bebia das fontes e cachoeiras de pedras em folhas tecidas como conchas e na palma da mão não compreendia esta menina não.
A sensualidade das pétalas de uma rosa
ResponderExcluira sensibilidade das asas mágica de uma borboleta amarela com pigmentos negros
é a demonstração que a natureza também é poesia. segue um poema que fiz para as maria raimundas deste mundo.
Meu nome é Maria
como tantas Marias na vida
Juana Raimunda Margarida
sou mulher
tenho ciclos como à lua
trabalho sol a sol
tecendo os raios em luz e amor
regando a flor em cada estação
pilando o grão dialético
moendo o doce da terra
amassando o pão do amanhecer
espalho o mel na aurora
o azeite no leito do amado
canto fado para o feto dormir
embalo meu bebe na rede dos sonhos
cuido dos pássaros da madrugada
fico acordada até minha filha chegar
sou a terra que procria
cuida da cria
a fêmea que vigia
faço o mingau com centeios
amamento a via láctea com meus seios
meu amado com os olhos de carinho
o pássaro que dorme em seu ninho
precisa de mim
sou mulher
Maria Rosa Jasmim
protejo o uni verso com meu útero
a humanidade com meu amor
doces de amoras e versos
bordo toalhas para estender a vida
faço comidas em tachos de ferro
mesmo ferida luto até o fim
mesmo incompreendida tenho ternura
para os que tentam roubar meu corpo
machucar minha alma
porque meu destino de ser mulher
é frágil como um poema de mal me quer
em tempestades com trovoadas
mais forte como um bambu ao vento
que mesmo perfurados pela injustiça
transforma a ventania em poesias
como uma flauta dançando no tempo
ecoo a canção da liberdade
o grito de luta arguta labuta
sempre com o coração enternecido.
Luiz Alfredo – poeta.
Aquela menina era meio paranóica
ResponderExcluirvivia passeando num hipocampo
colhendo papoulas alucinadas nos campos
olhando o mundo com olhos de uma águia
e espantando espantalhos com corvos poéticos
vivia voando pelas galáxias
no tempo que ainda eram estrelas distantes
conversava com lagartos e textos filosóficos
escrevia poemas nos oceanos distantes
depois apagava-os com areias incontáveis
dialogava com a natureza
como se fosse um deus de inúmeros astros
recitava salmos para os homens tristes
depois ia embora para outros mares
no seu cavalo marinho alado
a mãe não compreendia esta menina
que andava nua nas noites poéticas de luar
que tinha olhar de uma deusa helênica
comia frutas selvagens e flores astrais
bebia das fontes e cachoeiras de pedras
em folhas tecidas como conchas
e na palma da mão
não compreendia esta menina não.
Luiz Alfredo – poeta.