Se ele me desse um beijo, mesmo que fosse rápido, seria o meu maior presente, nada seria mais importante ou mais desejado por mim nesse momento, que sentir a boca dele, os lábios e vê-lo saboreando o meu beijo.
Ele chegou em silêncio e colocou a mão na minha boca, evitando que eu falasse, naquele momento, ele queria apenas o meu olhar. Eu tinha tanto carinho no olhar, tanto amor, cheguei a pensar que ele iria chorar, pois uma lágrima descia do seu rosto, mas era de felicidade, isso eu percebia no seu sorriso.
Nós permanecemos um tempo em silêncio, apenas meditando, nenhuma palavra para intervir e levar os pensamentos para o diálogo. Eu tentei falar, mas ele não deixou.
Naquele momento de meditação, eu imaginei: “O que ele estaria pensando? O que levou ele a todo aquele silêncio?”
Ele foi embora sem dizer uma palavra e eu permaneci em silêncio, pensando no amor, que tem um calor poderoso. Ele levou o amor embora, então comecei a caminhar e observar as pessoas caminhando rápido, distantes e solitárias.
Eu também estava solitária e descobri que amava sozinha. Aquele pensamento me deu uma dor no coração insuportável e os meus olhos encheram de lágrimas. Eu queria tocá-lo, escutá-lo, agarrar, beijar e abraçar para sentir o calor do seu amor.
Resolvi parar, pois vi um casal namorando, era uma cena difícil de ver, as pessoas não namoram mais, elas perderam o romantismo, esquecendo que o lado feminino da vida aprecia o carinho, a flor e a palavra de amor, dita com amor, não uma palavra dita sem sentimento. A vida é mesmo assim, agente nunca tem tudo o que deseja, e algumas vezes nos decepcionamos muito com as pessoas a quem mais amamos...
Ainda acredito que nos encontraremos para nunca nos perdermos.
Ainda acredito que um dia nos veremos, e, enfim, seremos tudo isto que um dia desejamos ser, e, que não nos permitiram aqui viver.
ainda acredito....
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