quarta-feira, 10 de junho de 2009

desventura.




Tu és como o rosto das rosas:
diferente em cada pétala.


Onde estava o teu perfume?
Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.


Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho
que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.


Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.


Agora, creio que vou morrer.

Cecília Meireles

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