De repente um monte de certezas que a gente carregava tão firme escapam das nossas mãos.
Acontece tão rápido e de uma forma tão precisa que não podemos evitar. Elas se esparramam no chão, ficam todas espalhadas.
Algumas próximas, outras longe do alcance, mas todas ali bem diante dos olhos.
Como é possível que um vento sopre diferente e bagunce tudo que até ontem parecia tão certo.
Será que é mesmo justo perder tantas garantias que estavam em nosso domínio? A verdade é que mesmo
momentaneamente fora de controle, elas permanecem ali a nossa espera.
Algumas pessoas precisarão redobrar sua força para reconquistar suas certezas novamente,
outras as terão de volta sem muita dificuldade. O que vale mesmo na hora de recolher uma por uma, é crer.
Talvez elas venham repaginadas, mais fortes do que nunca depois da queda.
Quem sabe outras retornem iguaizinhas tão certas quanto eram antes do tombo.
O que importará mesmo será o aprendizado durante a busca. Criar formas de recuperar cada pedaço construído de volta.
Desenvolver novos métodos de conviver sem algumas, por um tempo, mas em momento nenhum deixar de deseja-las e batalhar por elas.
Saber que é preciso “reinventar-se sempre” talvez seja a nossa única certeza permanente.
Talvez não. Com certeza.
(Simone)