quinta-feira, 2 de setembro de 2010

NÃO DIGAS NADA



Quando a desilusão me trespassa
Quando viras costas, calada
Teu olhar é uma ameaça
Um presságio de desgraça
Por favor, não faças nada.

Quando as palavras são correntes
E me amarras a poesia lavrada
Tentas mostrar o que sentes,
As noites de mim ausentes...
Mas mentes,
Não sentes nada.

Quero o silêncio selado
Numa declaração lapidada
Faz-me sentir errada
Num beijo longo, apertado
Não precisas dizer nada.

Enlaça-me num sonho a dois
Retira do mar tua armada
Já não existem heróis,
Ama-me, não penses nada
Que o tudo, virá depois...

Eliane L.

Nenhum comentário:

Postar um comentário